terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sobre o Blog

Como não queria mais nada sobre mim. Já há tanta coisa. Decidi me colocar nesse blog, sobre ele. Mas estou com medo. Nóia? Maybe. Sou tão temperamental que vocês, a cada post lido, podem pensar que existem vários autores. Juro que são apenas dois olhos que enxergam e duas mãos que escrevem. Mas quantos seres moram aqui...isso eu não posso dizer, simplesmente, porque não tenho a mínima idéia. Recebo tantas visitas. Vejo e sinto tantas coisas, nem sempre desejáveis. Nesse exato instante ouço gritos e gemidos de uma criança. Não me abandonem. Seja lá quem for. Entendam que esse blog é sobre mim. Não Não! Eu sou sobre o Blog. Eu estou sobre o blog, completamente nu. Aqui vou contar coisas que sei e que estou aprendendo. Música, política, cinema, culinária, literatura, lugares, bebidas, sentimentos, (des)amores, trabalho, viagens (físicas e transcendentais), amigos, festas, pesquisa etc. Não esperem nada preciso. Aliás, preciso que vocês não esperem. Não quero me sentir cobrado. Isso me faria ter vontade de desistir de mais uma coisa. Tenho tido vontade de desistir de muitas coisas. O blog vai se construir a cada mensagem. É sempre assim. Além disso, assim como Clarice (ela que me abriu meus olhos para isso), tem dias que eu não existo, não acordo, não vivo. Tem dias que eu vegeto. Mas o pior mesmo é não ter a consciência de quando se vegeta. Quando estou trabalhando de mais é isso que acontece. Em QuadradosLand existem muitos seres assim: vegetais de terno. Por isso, o blog também será sobre minha ausência. Às vezes porque preciso ficar só, às vezes porque estarei sem consciência que estou vegetando. Talvez vocês me ajudem. Hoje eu estou um pouco triste ou nem estou nada. Mas prometo que nem sempre vai ser assim. Tudo isso sou Eu: um pouco ficção, um tanto real. Meio verdade, meio necessidade ou “forçação de barra”. Só posso dizer que é um ardor sem fim. Como diria o Caio F. Abreu: - Que seja Doce! Que seja Doce! Que seja Doce!

PS.: Os pés da imagem que abre o blog são do André (Selton Mello), protagonista do filme Lavoura Arcaica, do Luiz Fernado Carvalho (uma adaptação do texto homônimo do paulista Raduan Nassar). Quando os pés dele ardiam...

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