quarta-feira, 30 de março de 2011

De quando meu Hoje foi Teu






Hoje, sem culpa e todas as vezes em que for hoje,

Eu seguiria o teu sorriso;
Afundaria o meu nariz em tua boca;
Percorreria os espaços entre os teus dentes;
Brincaria de escorregar na tua garganta;
Gemeria aos afagos da tua língua.


Correria entre os pêlos da tua barba;
Dançaria um bolero no vazio dos teus olhos;
Navegaria no teu suor,
Deslizando-te a cada suspiro.


Leria contos de prazer e perdição;
Tragaria tua loucura;
Beberia o álcool do teu hálito;
Beijaria toda a lascívia dos teus gestos;
E foderia todo o seu desejo.


Num:
Caminho de qualquer fim
De recomeço em cada sorriso.

De algo que só perece
Na ausência de tua saliva.


E que delira
No futuro do pretérito
De um fim de tarde de...
Café, Chico e Chocolate.



R. Braz
30-3-2011