segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Das minhas chuvas

“Sem você
Dei para falar a sós”.
Chico Buarque (Sem você 2)


Choveu em QuadradosLand, molhando o vento do oco-sopro do meu coração.  Liquens e musgos voltaram a brotar nos meus olhos. As árvores, sorrindo, balançam galhos na minha languidez . Os pássaros silenciaram profundamente em cantos, o frio. Chico não pára de se dizer novamente apaixonado. Passo a língua na borra do café frio para não esquecer o gosto amargo que a felicidade pode ter. Devoro chocolates. A minha alma tem gula e se confessa pecadora.  Estou em qualquer lugar onde não estou. Tenho ausência. Não sei de quê. Talvez de mim. A chuva voltou, fazendo-me úmido qual mulher feliz. Tenho desejo de revolução. No meu nada.


R.B.

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